domingo, maio 23

Superman/Clark Kent


Superman (ou Super-Homem) é uma personagem fictício cujas histórias em quadrinhos são publicadas pela editora estadunidense DC Comics, uma empresa subsidiária do grupo Time Warner. A personagem, entretanto, já foi adaptada para diversas outros meios, como cinema, rádio, televisão, literatura e vídeo-game. Superman é um super-herói foi criado pela dupla de autores de quadrinhos Joe Shuster e Jerry Siegel. Sua primeira aparição foi apresentada na revista Action Comics #1 em 1938, nos Estados Unidos.
Superman nasceu no fictício planeta Krypton e foi chamado pelos seus pais de Kal-El (que significaria Filho das Estrelas no idioma kryptoniano). Foi mandado à Terra por Jor-El, seu pai, cientista, momentos antes do planeta explodir. O foguete aterrisou na Terra na cidade de Smallville (por alguns anos, foi traduzida no Brasil como Pequenópolis), onde o jovem Kal-El foi descoberto pelo casal de fazendeiros Jonathan e Martha Kent. Conforme foi crescendo, ele descobriu que tinha habilidades diferentes dos humanos. Quando não está atuando com o tradicional uniforme azul e vemelho, ele vive como Clark Kent, repórter do Planeta Diário (Estrela Diária em Portugal). Clark trabalha com Lois Lane, com quem hoje é casado.
Superman é uma das mais importantes personagens da cultura pop ocidental, sendo o primeiro herói dos quadrinhos a ter uma revista intitulada com seu nome: Superman #1, publicada no verão de 1939. Além disso, Superman foi licenciado e adaptado para diversas mídias, desde rádio até televisão e cinema. O filme Superman Returns foi lançado em 2006, com uma aceitação abaixo das expectativas.
A origem e poderes da personagem foram sendo expandidos e alterados gradativamente ao longo dos anos para acompanhar a evolução do público. A história do Superman foi alterada para permitir as aventuras do Superboy e outros sobreviventes de Krypton foram criados, como Supermoça e Krypto, o supercão. A personagem foi revisado e atualizado mais recentemente em 1986. John Byrne recriou a personagem, reduzindo os poderes do Superman e apagando diversas personagens da versão oficial das histórias, o que atraiu a atenção dos meios de comunicação. A cobertura da imprensa foi novamente recebida na década de 1990, com A Morte do Superman, uma história na qual a personagem era dada como morta.
A propriedade sobre a personagem foi objeto de disputa, com Siegel e Shuster reclamando o retorno de sua propriedade legal. Os direitos autorais são novamente objeto de disputa, com a mudança das leis de direitos autorais permitindo à esposa e à filha de Siegel reclamar uma parte dos direitos autorais, levando a uma disputa com a companhia Warner Bros.[3]


Histórico

Criação

Jerry Siegel e Joe Shuster primeiramente criaram um herói com poderes telepáticos que pretendia dominar o mundo. Ele apareceu em uma curta história, "The Reign of the Super-Man" (O Reino do Super-homem), da Science Fiction #3, um fanzine de ficção científica que Siegel publicou em 1933[4] Siegel reescreveu a personagem como um herói, mantendo pouca ou nenhuma semelhança com o vilão de mesmo nome, e começou uma jornada de seis anos para encontrar uma editora que o publicasse. Intitulando-o The Superman, Siegel e Shuster ofereceram a história para a Consolidated Books Publishing, que acabou publicando em uma revista em quadrinhos preto-e-branco de 48 páginas intitulada Detective Dan: Secret Operative No. 48. Mesmo recebendo uma carta de encorajamento, a editora nunca mais publicou a personagem novamente. Shuster se frustrou e destruiu todas as páginas da história. A capa sobreviveu apenas porque Siegel a resgatou do fogo. Siegel e Shuster descreveram essa versão da personagem como sendo comparável a Slam Bradley, uma personagem que a dupla criou em 1937 para a primeira edição de Detective Comics.[5][6][7][8]
Em 1934, a dupla mais uma vez "corrigiu" a personagem. Ele se tornou mais um herói em sua tradição clássica, inspirado por personagens como Sansão e Hércules[9] que lutava para corrigir os erros daqueles tempos, combatendo a tirania e a injustiça social. Nesta época foi introduzido o uniforme. Siegel disse posteriormente que eles criaram um tipo de uniforme e colocaram um grande S no peito e uma capa. Fizeram-no tão colorido e tão distintivo quanto podiam."[10] O design foi baseado em parte nos uniformes vestidos por personagem do espaço sideral publicados em revistas pulp, bem como em tiras como Flash Gordon,[11] e também parcialmente sugerido pela tradicional vestimenta. Entretanto, a capa é notavelmente diferente da tradição vitoriana. Gary Engle descreveu isso como sem precedentes na cultura popular em Superman at Fifty:The Persistence of a Legend (Superman aos 50: A Persistência de uma Lenda)[12]
A "sunga" por cima da calça (no início se parecia mais com um short), capas (no início era curta, pequena, depois ficou maior, longa) e botas (repare o formato de W), tudo isto foi rapidamente estabelecida como a base para vários uniformes de super-heróis. Esta terceira versão da personagem recebeu extraordinárias habilidades, mesmo que de uma natureza física, ao contrário das habilidades mentais do Superman vilão.[10]
O local e o nome civil do herói foram inspirados em filmes, como disse Shuster em 1983. "Jerry criou todos os nomes. Nós éramos grandes fãs de filmes e fomos inspirados por alguns atores e atrizes que víamos. Como para Clark Kent, nós combinamos os nomes de Clark Gable e Kent Taylor. E Metrópolis, a cidade base de operações do Superman, veio do filme de Fritz Lang Metrópolis de 1927, que ambos amaram".[13]
Mesmo que estivessem no momento vendendo material para editoras de quadrinhos, notavelmente National Publications, a dupla decidiu expor sua personagem no formato de tiras, preferindo-o em relação ao formato de revistas em quadrinhos que estava se estabelecendo àquele tempo. Eles ofereceram as tiras para Max Gaines, que declinou, e para o United Feature Syndicate, que expressou interesse inicialmente mas finalmente rejeitou as tiras em uma carta datada de 18 de fevereiro de 1937. Entretanto, no que Les Daniels descreve como "uma incrível reviravolta de eventos", Max Gaines terminou posicionando a tira como destaque na nova publicação da Wheeler-Nicholson, Action Comics. Vin Sullivan, editor da nova revista, escreveu à dupla pedindo que as tiras fossem redesenhadas para que se adequassem ao formato das revistas em quadrinhos, requisitando, "oito quadros por página". Entretanto Siegel e Shuster ignoraram isso, utilizando suas próprias experiências e idéias para criar o layout das páginas, com Siegel também identificando a imagem usada para a capa de Action Comics #1 (Junho de 1938), primeira aparição de Superman.[14]

Publicação

A primeira aparição do Superman foi em Action Comics #1, em 1938. Em 1939, uma série de mesmo nome foi lançada. A primeira edição consistiu principalmente de aventuras já publicadas em Action Comics, mas apesar disso a revista atingiu grande vendagem.[15] 1939 também foi publicado na especial New York World's Fair Comics, que no verão de 1942 virou World's Finest Comics. Com a edição #7 de All Star Comics, Superman fez sua primeira de um número infrequente de aparições, nesta ocasião aparecendo brevemente para estabelecer-se como membro honorário da Sociedade de Justiça da América.[16]
Inicialmente Jerry Siegel e Joe Shuster queriam ser responsáveis por toda história e arte de todas as tiras publicadas. Entretando, a visão de Shuster começou a deteriorar-se, e o aumento das aparições da personagem implicou numa sobrecarga de trabalho. Isso fez com que Shuster estabelecesse um estúdio para ajudar na produção da arte[15] embora ele insistisse em desenhar o rosto de todo Superman que o estúdio produzia. Fora do estúdio, Jack Burnley começou fazendo capas e histórias em 1940.[4] Wayne Boring, inicialmente empregado no estúdio de Shuster, começou trabalhando para DC em 1942 fazendo páginas para Superman e Action Comics.[17]

Leilão 2010

Um exemplar da primeira edição rara da Action Comics #1 de 1938, foi vendida pelo valor-recorde de um milhão de dólares em Fevereiro de 2010, através de um site especializado, tornando-se na revista de banda desenhada mais cara de sempre.[18]

Personagem dos quadrinhos

Superman, dada a natureza seriada da publicação em quadrinhos e a extensão da existência da personagem evoluiu como uma personagem conforme suas aventuras se incrementaram. [19] Os detalhes da origem do Superman, relacionamentos e habilidades mudaram significativamente no decorrer da publicação da personagem, do que é considerada a Era de Ouro dos Quadrinhos até a Era Moderna. Os poderes e vilões foram desenvolvidos na década de 1940, com o Superman desenvolvendo a habilidade de voar em 1941.[20] A personagem descobriu a origem de Krypton em 1949. O conceito foi originalmente estabelecido para o leitor em 1939, nas tiras diárias do Superman[21] Os anos 1960 viram a introdução de um segundo Superman, o Kal-L. A DC estabeleceu um multiverso dentro do universo fictício que suas personagens habitavam. Isto permitiu que personagens publicadas em 1940 existissem ao mesmo tempo que suas contrapartes atualizadas publicadas na década de 1960. Isto foi explicado para o leitor através da noção de que dois grupos de personagens habitavam terras paralelas. O Superman da Terra 2 foi introduzido para explicar ao leitor como o Superman era membro tanto do grupo de super-heróis da década de 1940 Sociedade da Justiça da América quanto do grupo da década de 1960 Liga da Justiça da América..[22]
Os anos 1980 viram radicais revisões da personagem. DC Comics decidiu remover o multiverso de modo a simplificar sua linha de quadrinhos. Isso levou a toda história das personagens DC ser reescrita, incluindo Superman. O primeiro grande evento de quadrinhos (crossover) da história dos quadrinhos, chamado de Crise nas Infinitas Terras. Após esta maxssérie em 12 partes, John Byrne reescreveu Superman, removendo várias convenções estabelecidas e personagens da continuidade, incluindo Superboy e Supergirl. Byrne também restabeleceu os pais adotivos do Superman como personagens [23] Na continuidade anterior as personagens haviam morrido cedo na vida do Superman (na época em que Clark Kent era um estudante colegial). Os anos 1990 viram Superman ser assassinado por um vilão, Apocalypse, [24] mesmo que a personagem tenha sido posteriormente ressuscitada.[25] Superman também casou com Lois Lane, no ano de 1996. Teve seus poderes transformados em pura energia elétrica após a saga Noite Final, onde esta fase ficou conhecida como Superman Azul e Vermelho. Na década de 2000, Superman virou vegetariano, e sua origem foi novamente revisitada em 2004.[26] Em 2006, Superman perde seus poderes,[27] mas eles foram restabelecidos em um ano fictício[28] Atualmente Superman teve toda a família de Krypton trazida de volta (saga "Nova Krypton") e seu pai (Jonathan Kent) morto (após a saga "Brainiac"). Além de que o escritor Geoff Johns está reescrevendo a origem do Superman, onde ele fará amarras de todo tipo de origens já publicada, conceitos do passado, etc (igualmente feito com a personagem Lanterna Verde).

Personalidade

Na história original de Siegel e Shuster, a personalidade de Superman é rude e agressivo. A personagem é vista combatendo gangsters, violência doméstica, com um código moral pouco ortodoxo.[29] Escritores posteriores suavizaram a personagem, e introduziram um idealismo e um código de conduta moral. Mesmo não sendo tão sangue-frio quanto o Batman original, o Superman apresentado na década de 1930 não tinha consciência do dano que sua força podia causar, agredindo vilões de maneira que fatalidades presumivelmente ocorriam, mesmo que não fossem explicitamente mostradas nas páginas. Isso terminou em 1940, quando o novo editor Whitney Ellsworth instituou um código de conduta para suas personagens seguirem, extinguindo qualquer assassinato causado pelo Superman.[21]
Em Superman/Batman #3, Batman pensa, "Isto é uma interessante dicotomia. De diversas maneiras, Clark é o mais humano de nós todos. Então… ele lança fogos dos céus, e é difícil não pensar nele como um Deus. E como nós somos afortunados que isso não ocorra a sua mente.[30]

Poderes

A suposta origem dos poderes do Superman é o Sol amarelo da Terra. Em Krypton o astro é vermelho, e essa diferença de freqüência eletromagnética entre ambos os astros faria com que, de alguma forma, as células do corpo de Kal-El fossem "carregadas" como verdadeiras baterias vivas, enrijecendo seus músculos, permitindo que a diferença de gravidade faça-o voar e outros poderes (visão de raio-X, visão telescópica, visão de fogo, super sopro e sopro de gelo). Muitos poderes do Superman foram deixados para trás após reformulações nas revistas (pós-Crise). A personagem era quase um deus. Na década de 1950, por exemplo, Superman possuía um poder de raio "arco-íris" psicodélico aos mesmos moldes de poderes telecinéticos. E no final da década de 1990 (após saga Noite Final), seus poderes foram alterados para habilidades elétricas e seu uniforme foi totalmente modificado (conhecido como Superman Blue e Superman Red).

Elenco de apoio

Clark Kent, a identidade secreta do Superman, foi baseado parcialmente em Harold Lloyd e batizado baseado em Clark Gable e Kent Taylor.[31][32] Os criadores discutiram se na verdade o Superman pretende ser Clark Kent ou vice versa, e em diferentes períodos diferentes visões foram adotadas. [33][34] Embora tipicamente um reporter de jornal, durante os anos 1970 a personagem deixou o Planeta Diário por um tempo para trabalhar na televisão, durante a reformulação dos anos 1980 por John Byrne viu a personagem tornar-se mais agressivo. .[35] Esta agressividade foi sendo diminuidade com os criadores seguidamente restabelecendo o jeito suave tradicional da personagem.
Quando o gibi do Super-Homem chegou ao Brasil, o nome Clark foi mudado para Eduardo e o de Lois Lane para Mirian,[36] o que foi corrigido após um tempo. O nome original Clark Kent foi alterado já nas primeiras histórias publicadas pela Ebal. Já Lois Lane só recebeu de volta seu nome original nos anos 1980, após ser publicado no Brasil, pela editora Abril, o evento "Crise nas Infinitas Terras" (do qual a editora se aproveitou para fazer a mudança).
O grande elenco de apoio do Superman inclui Lois Lane, talvez a personagem mais conhecida associada ao Superman, sendo retratada diversas vezes, como sua colega, concorrente, interesse amoroso e/ou esposa. Outros importantes personagens de apoio incluem os colegas de trabalho do Planeta Diário como o fotógrafo Jimmy Olsen e o editor Perry White, os pais adotivos de Clark Kent Jonathan Kent e Martha Kent, Lana Lang, seu amor de infância e seu melhor amigo Pete Ross, e o interesse amoroso de faculdade Lori Lemaris (uma sereia); Histórias fazendo referências a possibilidade de filhos do Superman foram apresentadas tanto dentro quanto fora da continuidade principal.
Encarnações da Supermoça, Krypto, o supercão, e Superboy também foram personagens das histórias, bem como a Liga da Justiça (da qual o Superman geralmente é membro). Uma característica importante compartilhada por várias personagens de apoio são os nomes aliterativos, especialmente com as iniciais "LL", incluindo Lex Luthor, Lois Lane, Linda Lee, Lana Lang, Lori Lemaris e Lucy Lane.
Parcerias com o aliado ícone dos quadrinhos Batman são comuns, inspirando várias histórias ao longo dos anos. Quando em dupla, eles são referidos como "Os Melhores do Mundo" (World's Finest) em concordância com o nome da série que apresenta várias histórias das parcerias. Em 2003, DC Comics começou a publicar uma nova série intitulada Superman/Batman apresentando as duas personagens.
Superman também tem uma galeria de vilões, incluindo seu mais conhecido inimigo, Lex Luthor, que foi visto durante vários anos em várias formas desde um cientista louco com uma vendetta pessoal contra o Superman, ou um poderoso mas corrupto CEO de um conglomerado chamado LexCorp [37] Na década de 2000, ele torna-se presidente dos Estados Unidos[38] e foi descrito ocasionalmente como um amigo de infância de Clark Kent. O andróide alien conhecido como Brainiac é considerado por Richard George como o segundo inimigo do Superman mais efetivo.[39] O inimigo que superou os demais, assassinando o Superman, é o monstro em fúria Apocalipse. Darkseid, um dos seres mais poderosos do Universo DC, é também um formidável inimigo nos quadrinhos pós-Crise. Outros inimigos que foram apresentados em várias encarnações da personagem, nos quadrinhos filme e televisão, incluem o duende da quinta dimensão Mr. Mxyzptlk, o Superman reverso conhecido como Bizarro e o criminoso Kryptoniano General Zod.

Superman no Brasil

Superman apareceu no Brasil pela primeira vez em Dezembro de 1938, no suplemento chamado Gazetinha #445[40], do jornal A Gazeta de propriedade do jornalista Cásper Líbero.[41] Com os direitos adquiridos por Adolfo Aizen, as aventuras do Homem de Aço passam para a lendária revista "O Lobinho".[42]
Com a criação da editora Ebal em 1945, o editor Aizen lança as histórias da personagem em uma revista em quadrinhos chamada Superman. A revista foi publicada por 35 anos, de 1947 até 1983, um recorde do gênero. Não conseguindo manter mais os direitos, a Ebal repassou a personagem para a Editora Abril, que seguiu com as publicações até a virada do milênio.[43]

Superman ou Super-Homem?

Para aqueles que leram as histórias do herói até alguns anos atrás, é estranho ver o nome Superman sendo utilizado, ao contrário da tradução a língua portuguesa, Super-Homem. Não há exatamente um consenso. Os DVDs do herói, por exemplo, trazem o nome "Superman" em suas caixas, o chamam de "Super-Homem" na dublagem em português e "Superman" nas legendas também em português. Já o desenho animado da década de 1990 o chamava de "Super-Homem" enquanto em sua continuação direta, Liga da Justiça, ele virou novamente Superman.
Quando as primeiras histórias do personagem chegaram ao Brasil, nos anos 40 e 50, era comum a tradução e a adaptação dos nomes. Sendo assim, a escolha óbvia era Super-Homem, apesar de que sua primeira revista se chamava Superman (Ebal, novembro de 1947) e dentro da revista era chamado de Super-Homem. Entretanto, após várias décadas, a globalização mostrou que ter um nome diferente do país originário da personagem pode ser muito prejudicial financeiramente.
Isso acontece porque bonecos, camisas e outros objetos promocionais são fabricados normalmente em apenas um país (a China, por exemplo) e depois exportados ao mundo todo e, na embalagem, consta o nome original da personagem. Quando o produto chega a um país onde esse nome é diferente, o importador se vê obrigado a gastar ainda mais dinheiro em novas embalagens e adaptações.
Foi por esse motivo que na versão brasileira da série As Novas Aventuras do Superman o nome do super-herói não foi traduzido. Preferiu-se utilizar Superman em vez de Super-Homem. Com o sucesso da série, o nome Superman tornou-se mais comum entre os fãs. Assim a Editora Abril, que era a responsável pelas histórias em quadrinhos do personagem no Brasil, aproveitou a oportunidade e começou a usar a versão em inglês.
Algo parecido já havia acontecido nos anos 1980 dentro do universo do Superman. Desde as primeiras histórias no Brasil o nome de Lois Lane era adaptado como Miriam Lane. A Editora Abril aproveitou os acontecimento da Crise nas Infinitas Terras, em 1987, para poder finalmente grafar o nome da forma original.

Kryptonita

A Kryptonita é formada de fragmentos radioativos de Krypton, o planeta natal do Super-Homem.
Na Era de Prata, havia vários tipos diferentes de kryptonita:
  • Verde - a mais comum, é fatal a qualquer Kryptoniano, causa fortes dores e pode levar à morte se a exposição à sua radiação for prolongada.
  • Vermelha - causa uma de muitas mutações imprevísiveis a nível físico e mental: pode alterar as emoções do Super-Homem, fazê-lo criar 2 braços extra, torná-lo um anão, um gigante, um dragão, uma criança, separá-lo num Superman mau e um Clark Kent bondoso e sem poderes, dividi-lo em um Superman azul e outro vermelho, torná-lo muito gordo, torná-lo muito cabeludo e barbudo, fazê-lo ficar com cabeça de formiga, fazê-lo incapaz de dizer qualquer coisa sem ser em kryptonês, fazê-lo amnésico, fazê-lo perder a invulnerabilidade na parte esquerda do corpo, etc. Os efeitos duram de 24 a 48 horas, e nunca se repete um mesmo efeito. Aparentemente, cada pedaço de kryptonita vermelha só podia afetar um kryptoniano uma única vez, necessitando outro pedaço para um novo efeito (mas que nunca seria o mesmo).
  • Azul - Letal para Bizarro, mas cura efeitos de outras kryptonitas em Superman (exceto a dourada).
  • Branca - Letal para a vida vegetal.
  • Antikryptonita: Possui o efeito inverso da Kryptonita Verde, ela não é letal para os Kryptonianos, mas é fatal para os humanos normais. Formou-se no solo de Argo City, cidade kryptoniana da Supermoça.
  • kryptonita X: verde, dá poderes quase iguais aos de Superman a humanos normais. Temporário, mas pode ter efeito permanente.
  • Dourada - o mais raro isótopo de kryptonita, elimina permanente os poderes de kryptonianos à menor exposição, bem como qualquer possibilidade de vir a desenvolvê-los. Nem mesmo a kryptonita X ou a azul pode devolvê-los. (nas histórias oficiais, Superman nunca se expôs a ela, caso contrário seria o fim do Homem de Aço…).
  • kryptonita jóia: criada pelo interno da Zona Fantasma Jax-Ur, esta não é realmente kryptonita, nem mesmo radioativa. Esta pedra permite aos internos da Zona Fantasma poderem influenciar o mundo fora da Zona. Eles podem focalizar suas forças de vontade na pedra a fim de criar os efeitos de poderes mentais que afetam seres humanos da Terra, como hipnose, rajadas mentais, rajadas psicocinéticas, ilusões e controle mental.
Após a Crise nas Infinitas Terras, o Super-Homem ganhou uma nova origem onde existia apenas um tipo de kryptonita: a verde.
Na Série Smallville que conta a história do Superman enquanto jovem, existem alguns tipos de kryptonita:
  • Verde - letal para o Superman
  • Vermelha - aflora uma personalidade rebelde do Superman
  • Preta - divide (ou une) o lado bom e o lado mal do Superman
  • Prateada - cria ilusões na mente do Superman
  • Azul - Inibe os poderes dos kriptonianos sob o Sol amarelo

A Morte do Super-Homem

Devido à queda das vendas da revista do Super-Homem, foi levada a cabo uma ideia para a sua recuperação e decidiu-se mostrar ao mundo como ele seria sem o Super-Homem. A partir dessa premissa, foi lançado em 1992 a história A Morte do Super-Homem, onde Super-Homem enfrenta Apocalypse, uma criatura virtualmente indestrutível. A batalha final decorreu nas ruas de Metrópolis em que como desfecho final, ambos morrem.

Trivialidades

  • Superman adora leite maltado.[44]
  • A refeição favorita do Super-Homem é Beef Bourguignon.[45]
  • O filme favorito de Clark Kent é To Kill a Mockingbird (O Sol é para Todos), filme de Robert Mulligan de 1962.[46]
  • Há muita discussão sobre qual a religião de Superman. Eliot S! Maggin, um de seus roteiristas no passado, afirmava que o Superman era metodista. Na cronologia pré-Crise, Superman exclamava bastante "Por Rao!". Este era o nome do sol vermelho que orbitava Krypton. Raoísmo era a religião oficial de Krypton, onde Rao era adorado como um deus. Mas ainda assim, não se sabe se Superman era raoísta ou se ele usava o termo apenas como uma exclamação respeitosa.
  • Superman faz aniversário em 29 de Fevereiro, data escolhida para fazer uma alusão ao fato dele envelhecer quatro vezes mais devagar que os seres humanos.

Outros meios

  • Entre 1941 e 1942, Superman teve 17 desenhos animados de curta metragem para o cinema, feito pelos estúdios Max Fleischer. Foi o primeiro super-herói adaptado para o meio.
  • Em 1948 e 1950, o Super-Homem estrelou em dois seriados para cinema, interpretado por Kirk Alyn.
  • Em 1951, George Reeves estrelou ao lado de Phyllis Coates no primeiro longa-metragem do Homem de Aço, "Superman and the Mole-Men", estréia 23 de Novembro, junto com a 1º temporada do seriado na TV.
  • Entre 23 de Novembro de 1951 (1º temporada, episódio nº25)[47] a 28 de abril de 1958 (6º temporada, episódio nº13),[48] George Reeves estrelou em 104 episódios para a televisão, que só terminou com a morte de Reeves.[49] George estrelou em 6 temporadas originais (1951 a 1958), para TV, do seriado, "Aventuras de Superman". A 1º temporada testava o mercado com dois episódio, nº25 e nº26. O seriado na TV, nº 25 iniciou simultaneamente com a estréia do longa metragem nos cinemas, "Superman and the Mole-Men" (1951),[50] para promover o longa metragem. O resultado na TV foi positivo e a produção continou a rodar o seriado a partir do 1º episódio, "Superman on Earth" ("Superman na Terra"), em Janeiro de 1952, com a mesma atriz, Phyllis Coates, junto a Reeves, durante toda 1º temporada. Por este motivo, o episódio nº1 só aparece no ano seguinte depois que a primeira temporada já havia iniciado (Obs. A temporada dos programas de TV, nos EUA, não incia no começo de um ano, mas no outono estadunidense).
  • Entre 1966 a 69, o Superman teve seu próprio desenho animado pela Filmation, "The New Adventures of Superman".
  • De 1973 a 1984, o desenho animado Superamigos mostrava Superman como membro efetivo do grupo.
  • Em 1978, foi lançado Superman - O Filme, estrelado por Christopher Reeve e dirigido por Richard Donner. Fez muito sucesso, e teve 4 continuações,Superman II em 1980, Superman III em 1983, Superman IV em 1987 e Superman - O Retorno em 2006, estrelado por Brandon Routh e dirigido por Bryan Singer.
  • Em 1987, a Ruby Spears produziu uma série de 13 desenhos animados para televisão, Superman.
  • Superboy, a série live action exibida de 1988 até 1992 (nos EUA), mostrava Superman como Superboy (o que não condizia mais com a realidade dos quadrinhos; aquele era o Superboy Pré-crise).
  • Entre 1993 e 1996: a série live action Lois & Clark: The New Adventures of Superman, com Dean Cain e Teri Hatcher nos papéis de Superman e Lois Lane.
  • Superman: The Animated Series, um desenho animado da Warner Bros., de 1996 até 2000.
  • Em 2001, foi lançado o seriado Smallville, que conta a adolescência de Clark, interpretado por Tom Welling. Atualmente está na sua nona temporada.

Video games



O MUNDO DE KRYPTON

A cinquenta anos-luz da Terra, existe uma estrela anã vermelha, ao redor da qual orbitam os restos do falecido planeta Krypton. Antes de sua destruição, Krypton era um mundo relativamente pequeno, mais ou menos do tamanho da Terra, habitado por uma civilização extremamente avançada.

Há mais de 200.000 anos, no final da Quarta Era Histórica de Krypton, a ciência local havia aperfeiçoado um sistema de extensão de vida através da clonagem. Nesse sistema, retiravam-se amostras de células de todos os kryptonianos recém-nascidos e, a partir daí, cultivavam-se clones em enormes câmaras subterrâneas. Em meados da Quinta Era de Krypton, todo homem, mulher e criança tinham um mínimo de três clones em diversos estágios de desenvolvimento. Mantidos no ápice da condição física, os clones era usados para fornecer "peças de reposição" quando seus "originais" sofriam ferimentos, eram acometidos de doenças ou envelheciam. Os clones, mantidos em hibernação, não eram considerados humanos e não tinham direitos.

Um segmento da população, porém, começou a ver esse sistema com maus olhos. Um Movimento pels Direitos dos Clones começou a crescer na capital mundial de Krypton, Kandor. Grupos terroristas proliferaram, e o maior deles era o extremista Zero Negro. Os membros do Zero Negro se dedicavam à destruição total do planeta, acreditando que seria a única maneira de vingar o que viam como o assassinato de bilhões de clones kryptonianos. O Zero Negro detonou um dispositivo termonuclear no coração de Kandor, destruindo a cidade e matando seus 40 milhões de habitantes. Por causa disso, Krypton foi varrido pela sua primeira guerra mundial.

A destruição de Kandor marcou o início da Sexta Era Histórica. Quase todos os traços da alta cultura da Quinta Era foram apagados durante terríveis mil anos de violência. Soldados vagavam pelo planeta arruinado em enormes trajes de combate, procurando e exterminando grupos rebeldes. Ainda assim, por mais horrível que tenha sido a Sexta Era, restaram sobreviventes o suficiente para plantar as sementes da Sétima e Última Era.

A Sétima Era durou quase cem mil anos e, embora tenha sido um período tranquilo, sua paz vinha da esterilidade. Os sobreviventes da selvagem Sexta Era se dedicaram a criar um mundo livre de descontentamento. Os Bancos de Clones haviam sido destruídos na guerra, e os biocientistas restantes procuraram novos meios de sustentar a vida. A partir da tecnologia dos trajes de guerra da Sexta Era, eles desenvolveram uma veste bioestimulante, um traje negro, que preservava e prolongava suas vidas por séculos. Envolvidos nessas vestes protetoras desde o nascimento, os nativos de Krypton se tornaram seres solitários, servidos por robôs. O contato físico se tornou cada vez menos aceitável, e a reprodução foi relegada à fertilização e gestação em laboratórios.

Todavia, enquanto a Sétima Era avanaçava em paz, um dispositivo ativado pelo Zero Negro quase cem mil anos antes estava produzindo uma reação em cadeia no núcleo do planeta, criando um novo elemento radiativo, o kriptônio. Terremotos abalavam o mundo à medida que suas pressões internas aumentavam. A radiação mortífera do novo elemento começou a vazar através da crosta superficial, matando vinte milhões de pessoas durante o último ano de existência de Krypton. Descobrindo o segredo por trás das forças que estavam condenando seu mundo, o cientista Jor-El ordenou a remoção da matriz vital de seu filho das câmaras de gestação e acoplou-a a um veículo intergaláctico especialmente projetado por ele. Jor-El planejava enviar a matriz através do hiperespaço até o planeta Terra.

Jor-El era, em vários sentidos, um romântico, um homem fora de seu tempo. em seus últimos momentos, enquanto a câmara matricial do feto se afastava do mundo condenado, o cientista partilhou seus sentimentos com Lara, sua esposa, declarando seu amor por ela. E então Krypton explodiu, transmutando a totalidade do planeta moribundo em kryptonita, o minério do kriptônio.

Décadas depois, a câmara pousou na Terra, e um bebê nasceu... a criança que se tornaria o nosso maior herói: Super-Homem.

O planeta Krypton existe até hoje, na forma de uma nuvem de poeira e entulho radiativo que envolve um núcleo de kryptônio derretido.



Publicado na Revista Super-Homem nr. 118, em 1994
Os dez grandes momentos do Super-Homem nos quadrinhos
É hora de relembrar o que de mais importante aconteceu na vida do Homem de Aço em quase sete décadas de aventuras
Por Marcus Ramone

O "S" Uma inigualável experiência de vida. Isso é o que o Super-Homem acumulou em tantos anos de luta a favor dos fracos e oprimidos, como diz a máxima dos heróis dos gibis.

Não é à toa que o personagem tem muita história para contar. Ele já morreu, ressuscitou, ganhou um clone, virou monstro, perdeu os poderes, desenvolveu novas habilidades, enfim, sofreu as mais diversas transformações físicas, sociais, psicológicas e profissionais que se possa imaginar.

Confira, a seguir, alguns dos fatos mais relevantes que ajudaram o Homem de Aço a se tornar um dos maiores fenômenos da indústria pop em todo o mundo.

Superpowers # 1610) Um beijo para ficar na memória

Qual fã nunca imaginou o Super-Homem e a Mulher-Maravilha fazendo um par romântico? Isso acabou acontecendo em Action Comics # 600 (no Brasil, saiu pela Editora Abril em Superpowers # 16, em 1989). A aventura, escrita e desenhada por John Byrne, prometia mostrar o ”romance do século”, mas o caso amoroso não passou daquela edição.

Na verdade, foi apenas uma sessão de beijos, ou melhor, superbeijos. Por se tratar de um love affair entre dois dos mais famosos super-heróis dos quadrinhos, o acontecimento causou bastante frisson entre os leitores na época.

Dali em diante, tornou-se comum os dois personagens aparecerem casados e até com filhos em histórias de cronologia alternativa.

Cena marcante: Super-Homem e Mulher-Maravilha flutuando no ar aos beijos e abraços.

O Cavaleiro das Trevas9) Homem de Aço versus Homem-Morcego

Desde Davi e Golias, não acontecia uma luta do mesmo porte. Em O Cavaleiro das Trevas, obra-prima de Frank Miller que revolucionou os quadrinhos na década de 1980, Batman mediu forças com o Super-Homem no que parecia ser um confronto desigual. Ledo engano.

O embate homérico, no final da minissérie, foi o clímax da trama. O Morcego saiu muito machucado e foi dado como morto, mas também bateu a valer no Homem de Aço, graças a uma armadura e, claro, a um pouco de kryptonita.

Cena marcante: Super-Homem levando um chute certeiro no queixo com o sangue escorrendo.
Super-Homem assassino
8) Super-Homem assassino

Quem disse que o Homem de Aço não mata? Para livrar uma Terra alternativa do domínio do General Zod e seus asseclas, o Super-Homem se viu obrigado a usar o único artifício capaz de detê-los: assassinato.

Após voltar à sua dimensão, o herói foi acometido por crises existenciais que o forçaram a se exilar no espaço por um bom tempo.

Cena marcante: De olhos fechados e cabeça baixa, Super-Homem sofre em silêncio após matar os três vilões.

7) Super-Homem contra Capitão Marvel

O Reino do Amanhã Há muitos motivos para considerar a fantástica minissérie O Reino do Amanhã uma das melhores HQs de super-heróis de todos os tempos. Um deles é a sensacional seqüência de páginas em que Super-Homem e Capitão Marvel travam um duelo sem precedentes.

O Homem de Aço apanhou como poucas vezes em sua vida, e não conseguia impedir que o mortal mais poderoso da Terra ajudasse os supervilões a deflagrar um Armagedon. Mas, talvez por isso mesmo, o conceito de herói tenha caído tão bem sobre ele.

Cena marcante: Super-Homem quase é “torrado” pelos sucessivos ataques dos raios que transformam Billy Batson em Capitão Marvel.

6) A revanche contra Apocalypse

Revanche O monstro assassino que acabou com a vida do Super-Homem também morreu no confronto com o Homem de Aço. E, assim como ele, voltou dos mortos como quase todo personagem dos quadrinhos que parte desta para melhor.

Nada mais justo, então, que houvesse uma revanche. É certo que o novo encontro entre os dois não foi tão devastador quanto o primeiro, mas valeu pela chance que o herói merecia de ir à forra. Dessa vez, ele usou a inteligência para vencer Apocalypse. Não sem a ajuda de Tempus e da Caixa Materna, é bom que se diga.

Cena marcante: Vestido como um guerreiro kryptoniano, Super-Homem brada “Essa loucura termina hoje!” e desfere um potente soco em Apocalypse. Reforçando a dramaticidade da cena, o desenho foi feito em página dupla.

5) O primeiro encontro com o Homem-Aranha

Super-Homem vs. Homem-Aranha Um sonho que todo leitor de quadrinhos de super-heróis, em todas as gerações, sempre rezou para ver realizado. Em 1976, os dois principais personagens da Marvel e da DC apareceram juntos em uma mesma aventura.

Batizado de “a batalha do século”, o evento foi o primeiro crossover entre as duas maiores editoras de super-heróis dos Estados Unidos. O roteiro bem amarrado de Gerry Conway e os magistrais desenhos de Ross Andru deram aos fãs uma HQ inesquecível na qual Super-Homem e Homem-Aranha, depois de partirem para a briga devido a um mal-entendido, unem forças contra Lex Luthor e Dr. Octopus.

Cena marcante: Super-Homem desfere um murro contra o rosto do Homem-Aranha, mas se detém a tempo de evitar acertá-lo. Entretanto, o deslocamento de ar gerado pelo movimento do punho do Homem de Aço joga o Cabeça-de-Teia muito longe, fazendo-o atravessar um prédio.

4) A reformulação por John Byrne

O Super-Homem de John Byrne Depois de Crise nas Infinitas Terras, o Super-Homem passou a ser, de fato, o último filho de Krypton; seu maior inimigo, Lex Luthor, deixou de ser um supervilão high-tech para se tornar um inescrupuloso magnata com sede de poder; e seus dons quase divinos foram bastante diminuídos.

Essas e outras mudanças transformaram o Homem de Aço em um personagem mais humano e com muitas possibilidades para grandes aventuras. Tudo por obra do genial (e genioso) John Byrne.

Cena marcante: Depois que o Super-Homem, ainda em trajes civis, salva Lois Lane de um acidente com a nave espacial em que ela se encontrava, a repórter do Planeta Diário dá ao herói o nome pelo qual seria conhecido em todo o mundo.

3) O casamento

O Casamento do Super-Homem Não foi o primeiro enlace matrimonial de um super-herói. Muito antes disso, Fantasma e Homem-Aranha já haviam subido ao altar. Mas, como se tratava do Super-Homem, o evento ganhou destaque fora dos gibis e foi noticiado pelos veículos de comunicação em muitos países, antes e depois do acontecimento, realizado em 1996.

Os brasileiros só puderam assistir à cerimônia dois anos depois, na edição especial O Casamento do Super-Homem (Editora Abril), onde aconteceu de tudo: ação, humor, romance e até o Batman presenteando os noivos com um apartamento. Inesquecível para o casal... e para os leitores.

Cena marcante: Os super-heróis patrulhando Metrópolis, a fim de garantir uma lua-de-mel tranqüila para os recém-casados. Página dupla muito bonita.

2) A morte

A Morte do Super-Homem "Todos sabiam exatamente onde estavam e o que faziam no momento em que John Kennedy foi assassinado. Hoje é um dia como aquele. Pois hoje é o dia em que o Super-Homem morreu".

Muitos consideram que nunca houve um acontecimento tão marcante quanto esse nas HQs. O combate épico entre o Homem de Aço e o monstro alienígena Apocalypse foi talvez o mais tenso, equilibrado e devastador de todos os confrontos entre heróis e vilões já mostrado em uma revista em quadrinhos.

Mais que isso, o maior super-herói da Terra morreu de uma forma tão dramática quanto poética. A repercussão do fatídico acontecimento caiu como uma bomba atômica no Universo DC. Jamais se viu tamanha comoção nos gibis.

Mas, na vida real, a morte do Super-Homem foi ainda mais significativa. Além das manchetes em jornais, revistas e telejornais em várias partes do mundo, o resultado da tragédia reascendeu a popularidade do último filho de Krypton e aumentou as vendas de seus títulos a um nível que há muito tempo a DC não via.

Cena marcante: Lois Lane segurando o corpo sem vida do Super-Homem. Ao fundo, a capa vermelha rasgada e hasteada em um mastro improvisado.

1) Surge o Homem do Amanhã

Action Comics # 1 O começo de tudo. Em 1938, quando o Super-Homem estreou na primeira edição de Action Comics, já existiam nos quadrinhos outros heróis fantasiados lutando contra a opressão e a injustiça. Mas nenhum como ele. Ninguém tão poderoso e capaz de tantas proezas quanto aquele personagem que inaugurou o conceito de super-herói.

Apenas um ano depois da estréia, o assim chamado Homem do Amanhã já era um tremendo sucesso, estampando produtos licenciados com sua marca e testemunhando as imitações baratas que começavam a aparecer.

Em sua primeira aventura, surgiu a famosa descrição de suas habilidades: mais rápido que uma bala, mais forte que uma locomotiva e capaz de saltar edifícios com um único salto. A partir dali, teve início a saga de um dos nomes mais conhecidos da cultura popular em todo o mundo.

Cena marcante: Na capa de Action Comics # 1, mais do que mil palavras, a imagem já mostrava aos leitores que aquele herói vestido de azul e vermelho era diferente de todos os outros. A cena é reproduzida, numa bela homenagem, no filme Superman – O Retorno.

Fontes : WIKI; UNIVERSOHQ
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